Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim...

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio
Onde será
Que você está agora?

Mesmo que nossos lábios nao se cruzem novamente posso dizer em silêncio tudo aquilo que ficou escondido pra sempre. Haverá momento em que nossos pensamentos se encontrarão no espaço e assim, sentiremos falta de estarmos juntos novamente.


Enquanto ela dormia
Ele a atentava
Em seus pensamentos

E quando a noite vinha
Ela temia poder cair
A qualquer momento

Porque a verdade aparece
Você vai ver
A verdade não esquece
Até dissolver
Uma lágrima quente
Que te fez chorar

Meu arcanjo anda armado
Pra me defender
E com seu corpo fechado
Põe pra correr
Toda sombra que cisme
Pousar do meu lado

Agora ela entende que ser valente
É ter paciência a cada minuto
Não basta somente querer tanto
Se as atitudes já diziam tudo

Preste atenção
Você vai ficar velho um dia
Aceito sua mão
Mas não caio em sua armadilha

Porque a verdade aparece
Você vai ver
A verdade não esquece
Até dissolver
Uma lágrima quente
Que te fez chorar

Meu arcanjo anda armado
Pra me defender
E com seu corpo fechado
Põe pra correr
Toda sombra que cisme
Pousar do meu lado

O que realmente incomoda é o vazio e a falsidade das pessoas, que por mais promissoras que pareçam sempre acabarão por se revelar como mais uma decepção

Esquece isso, quem vive de passado é museu; Para, parte pra outra, nao vale a pena lembrar...
É tão facil falar essas frases tão clichês, tão otimistas, mas é tão difícil partir em frente e esquecer quando se esta destruído por dentro.
Como disse uma vez sabiamente Shakespeare "lembrar é fácil pra quem tem memória, esquecer é difícil pra quem tem coração". E pra que ter um orgão que é tão facilmente machucado? Pra que cultivar um sentimento, que, no minímo, certamente nos trará uma solidão aterradora?
É tão inultimente insano amar por que, por mais momentos felizes que nos tragam, eles sempre são fugazes e pra mim, jamais compensaram a escuridão, agonia e amargura que me fazem passar quando, invariavelmente, o objeto de amor me decepciona.
Tão incompensatório essa humanidade amorosa, esse culto ao amor. Não que eu idolatre o ódio ou abomine totalmente o amor, lógico que não. Apenas nao compensa amar...algum tempo de felicidade, de noites acompanhado, de transas inesquesiveis, de filmes melosamente vistos, de carinhos afavéis não estão compensando toda dor, toda tristeza, todo, de certa forma, ódio que sinto em mim. É difícil controlar tal fúria arrasadora. Não há como dar vazão a ela. Não há como voltar no tempo e não viver mais aqueles momentos tão inutilmente felizes. Não há como apagar a lembrança da minha tristeza ou simplismente, seguir em frente.
Dói seguir em frente. Não se quer. Não se pode seguir em frente com tanta amargura dentro desse coração cansado de sofrer. Não há como esquecer aquelas lembranças baldadas que insistem em aparecer na minha mente sempre que estou só, que fecho os olhos e que lágrimas correm. Simplismente não dá.
Então, o que se faz pra seguir em frente? Qual a receita de, nao esquecer, mas pelo menos não viver do passado, não fechar os olhos e lembrar daqueles olhos verdes me olhando, do meu lado, na cama? Não dá.
Viver. Apenas viver a agonia, e esperar paciente e esperançosamente que ela passe o mais rápido possível, que ela desapareça do meu peito, que voe pra longe e me deixe novamente aqui, seco, morto, porém mais vivo do que estivera antes. Apenas esperar ...

Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar.
Caio Fernando Abreu.

Medo.


Venha me beijar
Meu doce vampiroooo
Na luz do luar
Venha sugar o calor
De dentro do meu sangue...vermelho!
Tão vivo tão eterno...veneno!
Que mata sua sede
Que me bebe quente
Como um licor
Brindando a morte e fazendo amor...

Meu doce vampiro
Na luz do luar
Me acostumei com você
Sempre reclamando, da vida
Me ferindo, me curando..a ferida
Mas nada disso importa
Vou abrir a porta
Prá você entrar
Beija minha boca
Até me matar...de amor.