Maluca


Num dia triste de chuva
Foi minha irmã quem me chamou pra ver
Era um caminhão, era um caminhão
Carregado de botão de rosas
Eu fiquei maluca
Por flor tenho loucura, eu fiquei maluca
Saí
Quando voltei molhada
Com mais de dúzias de botão
Botei botão na sala, na mesa, na TV, no sofá
Na cama, no quarto, no chão, na penteadeira
Na cozinha, na geladeira, na varanda
E na janela era grande o barulho da chuva
Da chuva
Eu fiquei maluca
Eu fiquei maluca

Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a Dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Mi paso retrocedido cuando el de ustedes avanza
El arco de las alianzas ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

El amor es torbellino de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

De par en par la ventana se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Al son de su bella diana hizo brotar el jazmín
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín

Vazio. É extremamente vazio sentir-se vazio.
Não ter sentimento nenhum, nao ter alegria, tristeza, melancolia. Só vazio. É estranho, uma pessoa que sempre viveu um turbilhão de pensamentos, de raiva, odio, amor, rancor, alegria excessiva ou tristeza dominante estar assim, vazio.
Uma madrugada escura, o cigarro queima, o café já frio, a neblina enebria a rua, e aqui dentro, vacúo. Logo eu que tanto reclamei de ser tumultuado de pensamentos e sentimentos que nunca entendi; de amar e odiar o mesmo ser sem saber a destinçao da força de cada sentimento; logo eu que nunca parei, nunca descansei esse coraçao andarilho, errante, ferido e amargurado, estar assim, tão vazio.
Será o vazio da morte desse tal coração errante? Não sei dizer. Talvez meus sentimentos esteje em Lisboa, com ele, ou em São Paulo, ou perdido pelas ruas de Osasco, perdido com outros, mas nunca comigo mesmo. Talvez a inconstancia desse coraçao cansado de sofrer tenha afugentado qualquer sentimento que ronda por aqui e ali.

"Socorro não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
nao vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma mesmo que penada
me entregue suas penas..."

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

Na noite escura e fria do final de agosto, cai uma fina garoa sobre a rua, cobrindo a todos com seus gélidos pingos, que lembram tão quão frias são as noite na mais profunda solidão, sem você.
É realmente inspirante estar no silêncio do seu quarto, com o único ruído a ser ouvir é o tamborilar das gotas finas contra a janela de ferro. É solitário, mas ao mesmo tempo reconfortante estar entre quatros paredes quentes e aconchegantes enquanto ao lado de fora da parede cai a chuva.
Além de inspirar, a chuva também é realmente engraçada. Não sei por que a acho engraçada, mas também não falo questão de saber. Basta saber que a acho engraçada e ponto.Talvez a graça da chuva seja em pensar que não só eu choro, mas o céu chora as lagrimas que não consigo derramar.
O devaneio das músicas tristes e do tamborilar da chuva na janela é relaxante e depressivo. A cada segundo que passa, pensamentos de findar a mim mesmo passa em meu cérebro tão abarrotado de informações, estas todas inúteis
É loucura tentar reter informações inúteis. E é mais loucura não conseguir descartá-las. É frustrante.
E a chuva não se abala, continua a cair fria, sozinha e contínua, pela madrugada a fora.

Sem fantasia

Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer

Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perde-te em meus braços
Pelo amor de Deus

Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu

Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer

De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus



Totalmente sem fantasia, só decepção.

.

Sinto-me meio Geni nesses dias enlouquecidos. Feito pra apanha, bom de cuspir.

De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir

Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo
- Mudei de idéia
- Quando vi nesta cidade
- Tanto horror e iniqüidade
- Resolvi tudo explodir
- Mas posso evitar o drama
- Se aquela formosa dama
- Esta noite me servir

Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela- e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão

Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir

Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Descanço.

Quero descansar, sair errante por entre estradas, e não mais voltar. Deixar esse mundo vazio, de pessoas vazias, de coisas vazias, e me encontrar em outro lugar, com outras pessoas e talvez, outra alma e outro corpo.
O cansaço domina meu espírito, por que meu corpo ele já levou. Preciso sentir outros tons, toques e cheiros, melodias e cores, ritmos e vibrações diferentes. Preciso sair daqui, me libertar, gritar e fugir.
Socorro tire-me desse corpo que já não mais é meu. Liberte-me dessa alma que já não mais é minha, e dessa vida que já deixou de ter sentido. Não quero mais isso, não quero mais aquilo, e não quero mais você. Você que vive comigo, que me aflige e que me atormenta, você, dor, que não quer me deixar mais.
Não quero mais dor e vazio, quero maciço e felicidade, alegria e principalmente paz. Paz!
Não quero mais isso, não quero mais o meu eu em mim. Não quero mais ser o que sou, ter o que tenho e viver o que vivo.
“Eu perco o sono e choro, sei que quase desespero, mas não sei por que
A noite é muito longa, eu sou capaz de certas coisas que eu não quis fazer.”

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Quero descansar, sair errante por entre estradas, e não mais voltar. Deixar esse mundo vazio, de pessoas vazias, de coisas vazias, e me encontrar em outro lugar, com outras pessoas e talvez, outra alma e outro corpo.
O cansaço domina meu espírito, por que meu corpo ele já levou. Preciso sentir outros tons, toques e cheiros, melodias e cores, ritmos e vibrações diferentes. Preciso sair daqui, me libertar, gritar e fugir.
Socorro tire-me desse corpo que já não mais é meu. Liberte-me dessa alma que já não mais é minha, e dessa vida que já deixou de ter sentido. Não quero mais isso, não quero mais aquilo, e não quero mais você. Você que vive comigo, que me aflige e que me atormenta, você, dor, que não quer me deixar mais.
Não quero mais dor e vazio, quero maciço e felicidade, alegria e principalmente paz. Paz!
Não quero mais isso, não quero mais o meu eu em mim. Não quero mais ser o que sou, ter o que tenho e viver o que vivo.
“Eu perco o sono e choro, sei que quase desespero, mas não sei por que
A noite é muito longa, eu sou capaz de certas coisas que eu não quis fazer.”

Corsário

Meu coração tropical está coberto de neve,
mas ferve em seu cofre gelado,
a voz vibra e a mão escreve mar
bendita lâmina grave que fere a parede e traz
as febres loucas e breves que mancham o silêncio e o cais.

Roseirais, nova Granada de Espanha,
por você eu, teu corsário preso,
vou partir a geleira azul da solidão e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar, procurar o mar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá
como as garrafas de náufrago e as rosas partindo o ar
nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar.

Vou partir a geleira azul da solidão e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar, procurar o mar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá
como as garrafas de náufrago e as rosas partindo o ar
nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá.






Do nada veio essa música no pensamento; talvez ela reflita um pouco de mim mesmo: "um icerberg dentro de uma piscina de plátisco"

Morrer nao dói

Morrer não dói! Não mesmo!
É engraçado como a vida é efêmera, que tudo que se conquista e se luta para ter, acaba do nada. E digo por experiência própria. Uma vez que se está dentro de um ônibus, e esse bate de frente com um outro veículo, numa rodovia movimentada, você percebe o quão frágil somos perante a imensidão de todo o restante que comanda, ou se preferir, auxilia (uso esse termo na falta de algo melhor) nossa vida. Num momento você está confortável em sua caminhonete super luxuosa, e no outro estirado no meio da pista.
Quão delicada é essa vida, e isso me dá uma duvida: será que, por ser tão delicada, devemos preservar nossa vida ao máximo, ou, se pelo mesmo motivo e já sabendo que ela terá um fim, vive-la intensamente, exaustivamente, suga-la ao máximo o quanto ela pode nos transformar e proporcionar? Viver 100 anos de delicadeza ou 20 de exaustão? Qual sua preferência? Qual sua resposta pra isso?
Mas, como diz a grande Mandy (sim, a do desenho animado): “Morrer é fácil, difícil é comédia!”. Salve Mandy e sua filosofia.
Eu acredito que preferia viver 20 anos de loucuras psicodélicas e aventuras gritantes a 100 anos tediosos e sem um motivo para vivê-los. Viver apenas por viver é demasiado cansativo; sem núcleo ou razão, a vida se torna um pesar. Talvez tenha sido isso que levou Sylvia Plath, Virginia Woolf, Florbela ou Hemingway a se auto findar? Ou talvez tenham vivido tudo que pensavam ter podido viver na vida, e simplismente cansaram dela, e preferirão se eclipsar? Talvez, apenas mais uma dúvida entre várias tantas.
Mas, a morte vem tão rápido, passa ao seu lado sem ao menos você perceber, e quando menos se espera, te leva, e você nao consegue notar, e talvez, apenas talvez, perceba o quanto deixou de viver e o quanto poderia ter vivido. Morrer não dói. Dói não viver, mas a morte não dói. Viver é tão raro. E os poucos que vivem, vivem além-morte, gravam seu nome tão fundo nas veias da história que eles jamais morrem; São lembrados decádas, séculos a frente, mas, viveram, e seus feitos, por viver, foram tamanhos que atravessaram o vácuo da história e não se perderam no tempo.
Enfim, como disse Assis Valente em seu último verso, antes de se eclipsar da vida e entrar para a eternidade: “Vou parar de escrever, pois estou chorando de saudade de todos, e de tudo.”

Bagunça

Cedo ou tarde? Dia e noite. Paraíso e Inferno.
É engraçado como são tão opostos e fazem parte de um mesmo contexto, da mesma história e da mesma humanidade. Um se opõe ao outro. O homem se opõe a mulher, a criança ao idoso, a adolescência a vida adulta, a saúde a doença e assim segue. É engraçado se pensarmos nisso, por tudo, “aparentemente” tem seu oposto, mas, por que, oposto?
Por que essa idéia tão maniqueísta de mundo? Afinal, um completa o outro. O dia não existiria sem a noite, o homem sem a mulher, que seria da criança sem o idoso, ou da vida sem morte? Por que essa miserável tendência de olharmos o copo sempre meio vazio? É necessário trabalhar isso. Eu me pego assim, na grande maioria das vezes. Penso ser realista, mas, sempre penso no pior, e sempre na oposição; sempre o copo meio vazio e o quintal do vizinho com a grama mais verde. Tão sem nexo isso, tão escuro e obscuro para mim, não sei se é para quem lê, mas deve ser, talvez; Gosto das virgulas, percebe-se né? Bagunça, balaio de gato, bagunça e desconcerto! Justifiquei e expliquei minha vida! Justificar talvez (?) nem tanto, mas, explicar sim, expliquei. É um turbilhão de idéias e oposições. Comecei com os opostos, e a essa altura já sofro com os iguais.
Opostos, iguais, confusão e nexo, para que? Para o fim!

Noite

É noite. É triste. Noite triste. Noite sem fim. Tédio, cansaço e dor. Noites a fio assim, noites à dentro, dias a fora. Solidão, tédio. Noites.
E pra quê? Pra onde vou, pra onde vamos e pra que vamos? Estamos caminhando pra frente, ou estamos num eterno retrocesso onde, inevitávelmente encontraremos o fim? E por que fugimos do fim? Qual seu assombro, que nos assombra desde os primórdios? Por que não nos acostumamos com isso, com o fim? É inevitável, e é tão certo, e ainda assim nos assombra, assusta e fugimos dele. Será tão sombrio, tão repulsivo? Ou será a paz, a tranqüilidade que só o fim pode proporcionar? Dúvidas, perguntas, interrogações que jamais serão respondidas, até que cheguemos ao fim.
E nessa caminhada ininterrupta até o fim, nesse caminho tortuoso e desconhecido, ganhamos e perdemos (mais perdemos do que ganhamos) e pra que? E por que dessas perguntas, e por que dessas palavras? Nada.
Talvez eu queira o fim, talvez eu queira dar fim a isso. Ou talvez seja uma dor momentânea, que logo passará. E talvez essa solidão um dia volte a me abrigar. E talvez esse tédio seja conseqüência de uma existência que tende a ser superior aos demais, e que, por isso mesmo, me deixa só. Modéstia? Pura falsidade! Falsidade, hipocrisia.
Modéstia, escrúpulos! Qualidades boas? Não. Servem apenas para reprimir os instintos humanos, nos fazem sermos o que não somos, e negarmos nosso inegável e tão odiado egoísmo. Salve o egoísmo, a única qualidade nata ao homem!
Mais um cigarro queimado, mais um copo de uísque pra dentro, mais inebriado estou nessa vida alcoólica. Álcool suprime a dor. Cigarro engana o tédio. São (falsos) amigos, sempre presentes.
Raios no vidro da porta, é o sol clareando, invadindo tudo, e esquentando com seu calor meu corpo e coração frios. A noite se vai, a noite se finda. Vinde aurora.