Na noite escura e fria do final de agosto, cai uma fina garoa sobre a rua, cobrindo a todos com seus gélidos pingos, que lembram tão quão frias são as noite na mais profunda solidão, sem você.
É realmente inspirante estar no silêncio do seu quarto, com o único ruído a ser ouvir é o tamborilar das gotas finas contra a janela de ferro. É solitário, mas ao mesmo tempo reconfortante estar entre quatros paredes quentes e aconchegantes enquanto ao lado de fora da parede cai a chuva.
Além de inspirar, a chuva também é realmente engraçada. Não sei por que a acho engraçada, mas também não falo questão de saber. Basta saber que a acho engraçada e ponto.Talvez a graça da chuva seja em pensar que não só eu choro, mas o céu chora as lagrimas que não consigo derramar.
O devaneio das músicas tristes e do tamborilar da chuva na janela é relaxante e depressivo. A cada segundo que passa, pensamentos de findar a mim mesmo passa em meu cérebro tão abarrotado de informações, estas todas inúteis
É loucura tentar reter informações inúteis. E é mais loucura não conseguir descartá-las. É frustrante.
E a chuva não se abala, continua a cair fria, sozinha e contínua, pela madrugada a fora.

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